Drogas – Ajustando a Programação Mental

A dependência química é um “programa mental” e todo “programa” inconsciente está de certa forma associado à sobrevivência do individuo, para o inconsciente, cuidar desta programação e mantê-la, é de certa forma zelar pela sobrevivência do indivíduo.

Uma vez instalado um programa em nossa mente, o ego fará com que nada interfira em sua execução, o ego irá atuar como um programa “guardião” extremamente poderoso. Seu acesso direto a todas as informações do inconsciente, assim como sua capacidade de eliciar emoções e comportamentos fazem com que sua interferência, em muitos casos, condicione totalmente o indivíduo a programas que ele se quer tem consciência. Nas crianças pequenas que ainda não passaram pelas fases de anomia, heteronomia e autonomia, o ego será crucial para garantir sua sobrevivência, o distanciamento da mãe ou o surgimento de um irmãozinho por exemplo, são interpretados como uma ameaça à sobrevivência e produzem reações.
Em todos os indivíduos os mecanismos atuam de maneira semelhante, porém, todos estes fenômenos ocorrem internamente, um quarto agente será responsável por externalizar este processo permitindo que o sujeito se relacione com o mundo e consigo mesmo, trata-se do alter-ego construído ou da personalidade.

O alter-ego é uma projeção das relações entre mente consciente, inconsciente e ego, ele possui as características que definem as pessoas, logo, tudo isso que nós mesmos e os outros identificamos como sendo “eu” não existe de fato, é uma ilusão, um arranjo interno de crenças, valores e lembranças. Imagine um strobo de uma luz branca muito intensa, agora imagine que na parte de saída deste projetor de luz nós colocamos alguns filtros de cor, apenas cores primárias, bom, neste caso mesmo que não fosse possível ver cada filtro adicionado nós poderíamos ter uma ideia de quais filtros teriam sido colocados ali com base na cor projetada, ou seja, um reflexo verde indicaria a presença de azul e amarelo, um reflexo laranja, amarelo e vermelho. Embora a cor laranja seja uma ilusão de ótica, nós a veríamos como real e nos relacionaríamos com ela, assim são as pessoas, a cor laranja são seus alter-egos.

Do ponto de vista de processos mentais mesmo em casos de transtorno de múltiplas personalidades, não é possível apontar uma personalidade verdadeira, pois todas são feitas do mesmo “material” psicológico, tendem a ser ricas em particularidades e estão igualmente comprometidas com a própria existência.

No fim da década de 60, através da comissão Rockfeller um programa da CIA conhecido como MK-Ultra, foi denunciado e paralisado nos Estados Unidos, a maior parte dos arquivos foram destruídos, os poucos documentos que restaram demonstraram que várias pesquisas foram realizadas no intuito de controlar o processo de cisão que produz uma nova personalidade, o objetivo era controle da mente. Utilizando transe químico uma nova personalidade era construída, muitas das drogas sintéticas que chegaram até nós foram criadas neste período.

Um mecanismo muito sutíl de dissociação primária é utilizado por nós no Método Insight, o objetivo do processo terapêutico é produzir um ponto de “ruptura” no “eu” para criarmos em conjunto com o cliente um “novo alter-ego”. O “Drogado” não existe, a dependência faz parte do alter-ego em uso por este indivíduo, e está enraizada em suas crenças valores, percepções e desejos, ou seja é apenas uma programação. A vantagem de produzirmos um novo alter-ego é eliminarmos em grande parte, as chances de reincidência, pois o “viciado” era o indivíduo anterior e o novo indivíduo sente que não há espaço em sua vida para dependências de nenhuma natureza.

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Abraços fraternos!

“Para que ser você? Se você pode ser melhor”. (Richard Bandler).

Israel Costa
By Israel Costa

Hipnólogo, Hipnoterapeuta, Professor, Palestrante.